A recuperação funcional é o objetivo final da Fisioterapia

Recuperação funcional

Fisioterapia e recuperação funcional são quase sinônimos. De fato, a recuperação funcional é o objetivo final da Fisioterapia.

Funcionalidade, função, atividade funcional, movimento funcional, independência… são termos semelhantes que fazem parte de um conceito essencial para se abranger a relevância da Fisioterapia: a recuperação da função e da independência.

Compreender a representação de funcionalidade é descobrir um mundo quase sempre subliminar ao pensamento cotidiano: o mundo do movimento humano.

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Mesmo sendo uma dádiva sem preço, a presença do movimento humano só é lembrada na sua ausência. Quer dizer, no dia a dia não é preciso raciocinar sobre algo tão intrínseco, tão inerente à pessoa.

O movimento corporal é como a respiração, o pensamento ou a digestão, ele simplesmente acontece. Porém, a sua falta ou a sua alteração são percebidas… e muito.

Sobrevivência

Como ocorre com todos os seres vivos, o ser humano busca sempre sobreviver. Para isto, ele precisa, basicamente, solucionar dois problemas incessantes: alimentar-se e proteger-se.

Satisfeitas estas necessidades, a vida individual está garantida; a vida individual garantida, a procriação que preserva a espécie é provável. Exatamente como acontece com nossos companheiros de jornada menos evoluídos.

Muitos argumentarão que o homem, sendo detentor da consciência de si e do meio, inteligente e emocional, capaz de abstrações, tem necessidades muito mais complexas, em todos os âmbitos de sua existência. Concordamos. Porém, para sobreviver, os mil caminhos criados por ele para si próprio, acabam levando ao mesmo lugar: alimentar-se ou proteger-se.

É assim quando a criança busca o colo da mãe ou quando o adulto vai para o trabalho; quando se constrói uma casa ou quando se faz análise; e quando se escova os dentes ou assiste-se à televisão. O que assistir à televisão tem a ver com alimentação ou proteção?

O entretenimento ou a distração podem aliviar a mente, podendo quebrar, por exemplo, o ciclo de pensamentos angustiantes (mesmo que isso não signifique melhora permanente). Isso é proteção.

Protegemos a saúde, a mente, o corpo, a vida… Fugimos dos inimigos, como o frio, o calor, os choques, as quedas, os bandidos.

Por um lado, a fome, a inanição, a hipoglicemia são perigos, então nos alimentamos. Por outro lado, a obesidade é perigo, então nos alimentamos melhor.

Parece impossível descrever alguma atividade humana, de qualquer natureza, que não tenha seu leme, em última instância, governado para a sobrevivência individual através da alimentação e da proteção.

Atividades de Vida Diária (AVDs)

Em Fisioterapia, considera-se funcional aquilo que está relacionado ao bom desempenho das chamadas Atividades de Vida Diária (AVDs). Inclui-se, neste grupo, a higiene pessoal, o banho, a vestimenta, a alimentação, os deslocamentos internos (em casa) e externos (na comunidade) e a continência (urinária e intestinal).

Funcionais são algumas ações cotidianas que, sendo bem realizadas, permitem um relacionamento livre, sem obstáculos maiores entre o indivíduo e o meio.

Considera-se que o paciente está (ou não) funcionalmente apto para esta ou aquela atividade, de acordo com o seu desempenho e realização.

Assim, em concordância com diversas outras atividades mentais, emocionais ou físicas, as AVDs sendo realizadas levam à sobrevivência, permitindo a busca do alimento e da proteção.

Ampliando esta conceituação perceberemos que não só todas as AVDs são funcionais, mas também todos os movimentos humanos realizados.

Quando nos movimentamos ou nos comportamos fugindo da sobrevivência? Nunca. Logo, todo movimento corporal normal é funcional. Todo ele. Sempre. Caso o movimento não permita ao indivíduo estar apto (por disfunção), conseguir a máxima e possível recuperação funcional é o objetivo final da Fisioterapia.

Disfunção

E a disfunção? Esta surge quando o movimento, por algum motivo, torna-se patológico, não servindo mais à sobrevivência: o braço não pode levar a comida à boca; o tronco não se mantém sobre as pernas; a perna, flácida ou rígida, não equilibra; o cérebro, trabalhando internamente, não prepara os planos motores para serem executados… Ou seja, a alteração do movimento não permite mais ao indivíduo realizar aquelas atividades de vida diária, tão funcionais.

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Em muitos casos, existem compensações para a disfunção, melhorando de alguma forma a funcionalidade: outras áreas do corpo com movimentos íntegros; muletas, cadeiras de rodas, órteses, auxílio de terceiros. Porém, agora, por si só, o movimento perdido ou alterado não é capaz de levar ao alimento ou à proteção, não é mais funcional.

Fisioterapia e recuperação funcional

Fisioterapia e recuperação funcional são sinônimos. Em casos neurológicos, é a Fisioterapia Neurofuncional. O fisioterapeuta, conhecedor das propriedades neurológicas avariadas pela lesão, identifica as causas e as consequências de um quadro físico-funcional alterado, de maior ou menor incapacidade.

Antes, foi dito que o movimento humano era uma dádiva sem preço e que a sua presença só era lembrada na sua ausência. Era sobre função que falávamos. Função pelo movimento. Movimento funcional.

E é também nesta ausência, na disfunção do movimento, que o fisioterapeuta é lembrado. O profissional que, abordando a globalidade corporal, busca devolver, ao máximo, a esperança funcional, capaz de sobrevivência…

Adriano Daudt
Fisioterapeuta
Crefito5 19368F

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