Afinal, o paciente neurológico tem recuperação?

Afinal, o paciente neurológico tem recuperação?

Afinal, o paciente neurológico tem recuperação? Esta é, talvez, a principal e quase a única pergunta para a qual o paciente e sua família querem uma resposta. E que tal resposta possa ser, sempre, positiva.

Porém, falar sem dizer, ocultar possibilidades, atenuar gravidades ou fingir não saber, são sempre recursos subjetivos que profissionais da Saúde podem utilizar, a fim de não sacrificar ainda mais um contexto individual e familiar dramático, como é o dos casos neurológicos.

Essa conduta não é, em princípio, condenável, considerando-se que a neuroplasticidade do sistema nervoso – principal responsável pela regeneração das atividades neuronal (dos neurônios ou células cerebrais) e sináptica (das conexões entre neurônios) – é surpreendente, muitas vezes fazendo com que o prognóstico de hoje seja o engano de amanhã.

banner-consulta-online-maior

Todo paciente neurológico pode melhorar

Sob o ponto de vista do fisioterapeuta, que lida com o físico e o movimento, é possível ensejar combinações explicativas diferentes, a fim de abordar o assunto com mais ou menos objetividade. Porém, o profissional experiente, detentor de resultados múltiplos, pode ser prático e verdadeiro ao afirmar:

A. Até nos casos mais graves, o trabalho adequado induz à melhora do físico e do movimento;
B. O limite desta melhora é variável e depende de diversos fatores;
C. Em muitos casos é incerto, em princípio, se esta melhora será suficiente para devolver a funcionalidade/independência do paciente;
D. Mesmo que não haja o retorno da funcionalidade/independência do paciente, é certo que a melhora significará um acréscimo na qualidade de vida.

Tais afirmações podem assumir diferentes conotações para o paciente e sua família, quando se considera se o paciente neurológico tem recuperação, precisando ser particularizadas em cada caso. Mas não deixam de ser claras: com o tratamento fisioterapêutico correto, o paciente melhora, e só com o passar do tempo é que se poderá perceber a quantidade e a qualidade desta melhora, possibilitando, então, algumas afirmações sobre o porvir.

Isso não é dissimulação, é realidade. Como foi dito antes, é fácil cometer graves enganos com prognósticos definitivos apressados sobre a recuperação físico-corporal e do movimento humano, quando baseados em pouco ou nenhum tempo de trocas entre o profissional e o paciente.

Objetivo das profissões que lidam com o caso neurológico

Nos casos neurológicos, somente a avaliação inicial, mesmo completa, não é suficiente para determinar todo o potencial de reabilitação. É preciso somar, ainda, a gravidade do acometimento, a experiência do profissional e o tempo e a qualidade do trabalho.

A reabilitação do indivíduo para si, para a família e para a sociedade, incluindo a atividade laboral, é o objetivo das diferentes profissões da Saúde, principalmente das que lidam com as conseqüências impostas pelas doenças neurológicas.

Temos aqui a Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Psicologia… Especificamente, a recuperação dos movimentos corporais, de forma global, é tarefa da Fisioterapia. Até que ponto a recuperação dos movimentos irá permitir uma verdadeira reabilitação, somando seu efeito ao das outras recuperações físico-mentais, é incerto e depende de diversos fatores pessoais e de terceiros.

Muitas variáveis envolvidas na reabilitação

O paciente pode estar livre de outros problemas físicos, como encurtamentos musculares e limitações articulares, sempre promotores de deformidades, mas não consegue realizar movimentos adequados e funcionais (tomar água, escovar os dentes, caminhar, trocar-se…); ou, mesmo com algumas deformidades, ele tem uma independência relativa (por exemplo, caminha com muleta).

Ele pode estar apto a realizar tarefas com pouca ajuda de terceiros, mas não o faz por motivos emocionais, como medo, depressão ou falta de estímulo; ou ele realmente não tem nenhuma condição de movimentar-se sozinho, porém o faz com ajuda.

Tanto aparelhos e equipamentos (por exemplo, muletas, andadores ou órteses) quanto a ajuda de terceiros (familiares ou auxiliares) podem ser decisivos no diferencial entre ter ou não relativa independência, sendo, desta forma, considerado mais ou menos reabilitado. Também, a visão do paciente e de sua família sobre o fato é determinante.

Visão dos envolvidos e do fisioterapeuta

Para os que têm uma visão otimista quanto à reabilitação e pensam positivo e sentem-se renovados a cada dia, apesar dos obstáculos reais, todo ganho, por menor que seja, é tijolo edificante na construção recuperadora; para os que dificilmente deixam de ser negativos, mesmo os grandes pilares de força nunca sustentarão um corpo por remontar.

Tecnicamente, o fisioterapeuta especializado conta com conhecimentos e ações próprias para chegar aos melhores resultados e mostrar na prática que o paciente neurológico tem recuperação. Porém, nem sempre estes resultados atingirão a expectativa do paciente e de sua família.

banner-consulta-online

O fato é que o paciente neurológico irá melhorar se for possível manter um ótimo estado corporal (músculos alongados; articulações livres de limitações; segmentos alinhados, simétricos; atividade respiratória forte; pele íntegra, sem soluções de continuidade) e se for recuperado, mesmo parcialmente, o movimento gerado e organizado pelo sistema nervoso.

Quando esses efeitos são incorporados a um paciente bem nutrido, bem cuidado, que conta com o carinho e o amor dos seus, que recebe estímulos variados (contando ou não com terapias diversas), fecha-se um círculo reabilitador poderoso, dentro do qual o mínimo que se espera é a manutenção de uma ótima qualidade de vida.

Sim o paciente neurológico tem recuperação

A experiência mostra de forma plena que sim, o paciente neurológico tem recuperação, mesmo que esta seja parcial. No entanto, percebe-se que responder a isso não é tarefa simples. Os elementos envolvidos são variados, não permitindo uma assertiva absoluta. Como se diz, cada caso é um caso.

Parece mais correto considerar as perspectivas, boas ou não, mas que podem ser modificadas com o passar do tempo, na medida em que o tratamento vai esmerando os resultados. Em outras palavras, aqui, fazer prova mais que falar.

Adriano Daudt
Fisioterapeuta
Crefito5 19368F

******************************

VOCÊ QUER REALIZAR UMA CONSULTA ONLINE COM O FISIOTERAPEUTA ADRIANO DAUDT?

consulta online 1

SAIBA MAIS SOBRE COMO MELHORAR O PROBLEMA NEUROLÓGICO OU A DOR…

A CONSULTA ONLINE É FÁCIL E EFICAZ…
CLIQUE AQUI E SAIBA MAIS!

Compartilhe este Conteúdo

Add a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *