Como eu trato a fibromialgia

A fibromialgia é considerada uma doença reumática, porém, com ramificações neurológicas, pois existem sintomas como dor, alterações sensitivas e depressão. Neste rápido artigo, falo sobre como eu trato o fibromialgia, considerando um protocolo próprio de dez sessões.

Muitas vezes, existe uma aflitiva descrença, entre pessoas com fibromialgia, em relação a possíveis tratamentos eficazes. Isso porque muitas alternativas terapêuticas já foram tentadas, sem grandes efeitos ou com recorrência dos sintomas.

Porém, mesmo que a cura da fibromialgia não seja definitiva, existem períodos de melhora, às vezes bem importantes, quando os pacientes conseguem ter uma vida normal. Nestes momentos, acho fundamental haver uma preparação corporal para futuros períodos de crises.

Após trabalhar com muitos casos de fibromialgia, entendi que o fisioterapeuta especializado deve, com o seu método, além de tratar imediatamente o paciente agudizado, fazer com que este se mantenha forte para os períodos de crises porvir.

Mas o que significa, aqui, “manter-se forte”? Significa estar forte corporalmente, ou seja, ter todos os tecidos do corpo envolvidos na fibromialgia em bom estado e capazes de não permitir o agravamento das crises. Em outras palavras: reduzir ao máximo pontos fibróticos dolorosos, fadiga, circulação de substâncias químicas nocivas, contraturas encouraçadas, inflamações e aumentar ao máximo autoproteção, energia e disposição.

Para chegar neste ponto otimizado, é necessário um tratamento metódico, focado e eficaz. Como a maioria dos pacientes chegam para o fisioterapeuta com o corpo bastante sofrido, é preciso uma abordagem terapêutica urgente e ampla, a fim de obter resultados imediatos e alentadores (não esqueçamos da aflitiva descrença do paciente). Urgente e ampla significa que o tratamento visa atingir resultados desde a primeira sessão, haja vista a necessidade premente de reversão dos sintomas. A progressão da melhora continua até a última sessão.

Protocolo Fisioterapêutico para o Tratamento da Fibromialgia

Elaborei e venho trabalhando com um método que chamo de “Protocolo Fisioterapêutico para o Tratamento da Fibromialgia”, que tem como meta primária reduzir de imediato o sofrimento dos pacientes. O Protocolo surgiu da necessidade de se organizar o tratamento da fibromialgia, no que importa ao fisioterapeuta, haja vista que sessões aleatórias, descontinuadas ou sem objetividade maior têm se mostrado ineficazes.

O Protocolo preconiza dez sessões de uma hora, podendo ultrapassar o horário conforme o caso. As sessões devem acontecer três vezes por semana, sendo as dez cumpridas no máximo em trinta dias. Este período para a execução do Protocolo é necessário para evitar a recorrência dos sintomas já eliminados ou mesmo para evitar que novos sintomas consigam progredir.

Na primeira sessão, através de um sensível toque captador de sinais corporais, é feito um mapeamento doloroso do paciente, com objetivo diagnóstico-descritivo. A partir da associação entre o mapeamento doloroso, a anamnese e o questionário específico sobre a dor do paciente, se determina o direcionamento das sessões posteriores. Ainda na primeira sessão é iniciado o tratamento.

São utilizados recursos fisioterapêuticos comprovados, entre eles: ultrassom, massoterapia, crioterapia, manipulação, bandagens, alongamentos, exercícios especiais e educação do paciente para o seu problema e formas de autocura. Na educação do problema inclui-se a questão alimentar, pois sabe-se o efeito maléfico de certos alimentos para a piora da fibromialgia.

Um novo estado físico-corporal

Não obstante a meta principal ser reduzir ao máximo e em pouco tempo o sofrimento do paciente, um segundo objetivo é buscado durante o período de tratamento: delinear um novo estado físico-corporal. Isto, a fim de que, ao cabo das dez sessões, uma nova pessoa surja, fortalecida em seus aspectos físicos, emocionais e morais, pronta para as novas lutas contra a fibromialgia que, por certo, não terminarão aí. É importante reiterar o duplo caráter do Protocolo: redução imediata dos sintomas e preparação corporal para o futuro.

Finalmente, penso que preparar o paciente para manejar melhor o seu quadro de dor é um diferencial do método que utilizo. Fibromialgia volta, mas pode ser controlada e ter seus sintomas reduzidos, a fim de manter uma boa qualidade de vida, mesmo nas crises. Após as dez sessões do Protocolo, nova estratégia de manutenção deve ser traçada entre paciente e fisioterapeuta.

Saiba mais. Entre em contato.

Adriano Daudt
Fisioterapeuta
Crefito5 19368F

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